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Plástico: por que ele é um problema para o meio ambiente?
09/10/19 | Curiosidades

Plástico: por que ele é um problema para o meio ambiente?

Você tem acompanhado as discussões sobre a diminuição do uso de plástico? Que tal entender melhor por que ele é um problema para o meio ambiente? Confira!

Olhe ao seu redor: quantas embalagens, potes, vasilhas e outros utensílios são de plástico? Uma casa consome, diariamente, um número intenso desses materiais em suas mais diferentes formas. E esse é um dos primeiros problemas que se pode notar no plástico, a multiplicidade da sua aplicação, funcional e utilizável para as mais variadas indústrias. 

Para além disso, há uma série de outros fatores que agravam a situação e tornam o plástico perigoso para o meio ambiente. Veja alguns deles!

A produção de lixo

Todo esse plástico em suas mais diversas formas uma hora vira lixo. E isso nem demora tanto assim, segundo a gerente de campanhas da ONU Meio Ambiente, Fernanda Dalto, cerca de 40% de todo o lixo plástico produzido em mais de 150 anos foi utilizado apenas uma vez. O Brasil, como informa o Banco Mundial, é o quarto maior produtor desse tipo de lixo no mundo, responsável por mais de 11 milhões de toneladas a cada ano.

O destino do lixo

No Brasil, apenas uma pequena parte de todo esse lixo plástico - cerca de 1,28%! - é reaproveitada pelos processos de reciclagem. E a média global não é tão animadora assim, visto que se mantém nos 9%. Esse número é baixo seja pela ineficiência dos sistemas de coleta seletiva, seja pela própria natureza do lixo, que não permite a reciclagem para nenhum fim e acaba se tornando rejeito.

Segundo o WWF, a maior parte desse lixo é destinada para os aterros sanitários, espaços construídos para despejar os dejetos de maneira que abale o meio ambiente o mínimo possível. Porém, uma parcela - cerca de 2,2 milhões de toneladas - é jogada em locais clandestinos e a céu aberto. Mesmo os aterros sanitários podem não passar por fiscalizações, o que tira a garantia de sua eficiência.

O plástico nos oceanos

Os oceanos também acabam sendo o destino do lixo plástico produzido no mundo todo. Segundo o Fórum Mundial da Água, metade das 25 milhões de toneladas de lixo despejadas nos oceanos anualmente, é composta por resíduos plásticos. Como indica um estudo da Ellen McArthur Foundation, em 2050, a quantidade de lixo nos mares será maior, inclusive, do que o número de peixes!

Toda essa quantidade também gera um número alto de mortes: cerca de 100 mil todo ano! Os animais marinhos não conseguem distinguir o plástico dos alimentos, e acabam comendo sacolinhas, embalagens e canudos. Até mesmo micropartículas de plástico se instauram na cadeia alimentar e são responsáveis pelo falecimento até das gerações posteriores desses animais. 

A poluição do solo

Mesmo longe dos oceanos, o plástico tem um efeito perigoso para o meio ambiente. Diferente de outras origens de resíduos, as sacolinhas e embalagens, por exemplo, podem levar centenas e centenas de anos para se decompor no solo, configurando-se em um resto perene e poluidor ao espaço em que se encontra.

A dificuldade da mudança de hábitos

Apesar dos efeitos negativos, o fim do uso do plástico em larga escala não parece muito próximo. Isso porque o material é muito funcional, tanto para as indústrias quanto para as pessoas. Por um lado, as fábricas não param de empregar as embalagens plásticas em seus produtos, pelo outro, os indivíduos continuam saindo do mercado com várias unidades de sacolas em suas mãos.

Os desafios para os próximos anos

Sem dúvidas, a redução do uso do plástico - e consequentemente da produção de lixo - é um dos principais desafios para os próximos anos. Para tal, é preciso pensar em objetivos menores, como:

Encontrar novos materiais

As empresas - e até mesmo em parceria com os governos - precisam investir na produção de materiais menos danosos para o meio ambiente. A partir disso, é necessário baratear os custos para incentivar os produtores a empregar esse novo modo de funcionamento em suas embalagens.

Impor medidas públicas

Em certos locais do Rio de Janeiro é proibido o uso de canudos de plástico. Já na Europa, muitos países não disponibilizam sacolinhas plásticas de graça no mercado. Essas medidas, no dia a dia, desde que feitas sob rigorosos critérios, conseguem reduzir pouco a pouco a quantidade de material jogado fora.

Mudança do consumo

Mudar os próprios padrões de consumo das populações é fundamental para a redução do lixo! Comprar menos produtos embalados e investir em materiais de papel e outros recursos é um dos caminhos. 

Além disso, a busca pelo aprimoramento dos processos de reciclagem para descobrir novos fins para o lixo plástico é um dos objetivos de políticas como a Nacional de Resíduos Sólidos.

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