Quais são as consequências do rompimento de barragens de rejeito de minério?
O rompimento de barragens de rejeito de minério pode ser avassalador para pessoas e ecossistema da região onde ela se insere. Suas consequências são extremamente graves.
Imagem: Portal do Gov. Federal
Nos últimos anos, o rompimento de grandes barragens de rejeito de minério nas cidades mineiras de Mariana e Brumadinho trouxeram o tema para o conhecimento do público. Além do choque das perdas de vidas humanas, o desastre tem outras tantas consequências para o meio ambiente e para os sobreviventes e futuros moradores da região.
Principais consequências dos rompimentos
O principal problema resultante do rejeito de minério é a contaminação da água e do solo. Diferentemente dos alagamentos, após a secagem dos líquidos o ambiente não volta ao normal. A presença de minerais como o ferro, o manganês, o arsênio e o chumbo podem diminuir a qualidade da água dos rios e contaminar também os peixes, persistindo na cadeia alimentar até chegar aos seres humanos.
Os efeitos imediatos e agudos da contaminação podem envolver a presença de sintomas como mal-estar, vômito e diarreia, sendo a causa de muitas internações registradas em regiões de áreas afetadas. Como indica uma matéria da Folha de S. Paulo, as consequências para a saúde humana a longo prazo ainda precisam de estudos mais detalhados, porém, há especialistas que relacionam a contaminação por minerais pesados das barragens de rejeitos à ocorrência até de alguns tipos de câncer.
Além dos efeitos para os seres humanos, o período após o rompimento da barragem implica imediatamente na morte de peixes e da vegetação, inferindo diretamente na cadeia alimentar e resultando no comprometimento da biodiversidade local. A secagem dos minerais cria uma espécie de crosta sob o solo, podendo tirar completamente a fertilidade da área atingida.
Como prevenir?
As barragens de rejeito de minério são grandes espaços construídos para armazenar de maneira mais segura os restos provenientes das atividades mineradoras. Em geral, essas áreas pertencem a grandes empresas do setor, um mercado muito grande na região de Minas Gerais, onde aconteceram as últimas tragédias.
Para conseguir a liberação dos órgãos responsáveis, a empresa precisa enviar o projeto, conseguir o licenciamento ambiental e construir na área. Porém, segundo os especialistas, os principais motivos dos rompimentos encontram-se na falta de fiscalização após a construção dessas estruturas.
É comum que, como o rejeito de minério não tem valor algum no mercado, as empresas investam pouco em tecnologias mais eficazes de monitoramento e segurança das barragens. A falta de fiscalização das secretarias responsáveis contribui decisivamente para a desatualização das estruturas e o consequente rompimento.
Estar em dia com a legislação, nesses casos, não implica somente em evitar a aplicação de multas ou punições pelos responsáveis, mas também na preservação da vida humana e do meio ambiente como um todo! Por isso, é tão importante investir na adequação de práticas mais sustentáveis para a exploração ambiental e buscar sempre contar com o que há de mais atualizado nas tecnologias de preservação.
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